Foi com muita satisfação e orgulho que participamos da última edição do fórum de empreendedorismo, feira de inovação e tantas outras coisas que é e representa o InovaCampinas.

Ótima organização do evento, excelentes expositores – “palestrantes”, a imensa maioria deles executores – isto é, gente que trabalha e faz, que criou e mantém ao menos uma atividade empreendedora, professores, representantes do Poder Público e órgãos internacionais (IBD, Banco Interamericano de Desenvolvimento) e nacionais (SEBRAE, etc.) de fomento, compreendendo a assim chamada “tríplice hélice” do movimento inovativo e do potencial de crescimento da economia (Universidades, Empresas e Poder Público).

A mentalidade disruptiva (ou seja, inovativa e com uma nova abordagem e enfoque), formando um mindset totalmente aberto às diversidades, compreendendo que não se tem crescimento sem ela – foi fantástico ver na prática como as novas gerações (com esse potencial criativo, vontade de fazer e acontecer, inovar criando e mudando o mundo) entendem que a internacionalização, a multicultura global, são partes essenciais e necessárias do crescimento. Somente com ampla diversidade, dentro das empresas (StartUps), se atingirá escala, se alcançará o mundo. Devem fazer parte da equipe, e do mercado a ser atingido, todos os segmentos, todas as pessoas. Não se viu ali distinção de cor, origem, etnia, gênero, orientação, estilo; nada. São todos vistos como iguais e todos estão dispostos a ajudar os demais que querem ingressar neste novo movimento, que envolve, na verdade, tudo – da educação ao esporte, da tecnologia em si à alimentação, da cultura ao entretenimento, do descanso e lazer à “mindfulness” e meditação. O importante é inovar, querer inventar, criar – para melhorar, facilitar, integrar, ajudar.

Vimos desenvolvedores (empreendedores) com projetos de auxílio a alunos vítimas de bullying, cadastramento de “pets” de rua, bioimpressão (criação de vasos e outros componentes do corpo humano por meio artificial para facilitar transplantes e recuperação), reconhecimento facial que permite a tetraplégicos comandar cadeiras de rodas apenas com suas expressões faciais (que descoberta e realização genial!)… infinitas ideias, muitas já concretas.

O que não pode é ficar parado! Erre, mas faça – erre pouco, mas tente e aprenda com isso. Uma fantástica experiência.

Sem falar na apresentação do projeto do HIDS – um “hub” internacional, a ser sediado aqui em Campinas, na nova área da Unicamp, com o propósito de desenvolvimento sustentável (daí o nome, Hub Internacional de Desenvolvimento Sustentável). Propõe desde a criação de uma comunidade piloto, uma cidade inteligente (“smart city”), autossustentável, congregando aquelas três pás da hélice motriz do crescimento inovativo. Sustentabilidade, diga-se, num amplo sentido – não só ecológico mas energético, agrícola, de saúde, financeiro, arquitetônico, os meios de atuação sustentável são infinitos.

Conclui-se que, se de um lado, as startups são nada mais que empresas ‘normais’, são por outro lado muito mais que isso: são um celeiro de inovação, de nova visão posta na prática, de realização do que antes parecia impossível. Como disse um expositor, ser empreendedor não é ter uma empresa, é ter uma mentalidade empreendedora, inovativa; é, podemos dizer, querer mudar as coisas (para melhor, claro!). Por isso, para trabalhar com startups é preciso também ter esse “mindset”, essa visão, esse brilho nos olhos – é acreditar no sonho. Assim, a advocacia para startups, embora “empresas como outras”, não pode ter o enfoque tradicional; exige essa perspectiva de futuro, de criação, de inovação, de geração.

Acreditamos estar aptos a este “brave new world” que se descortina – você está? Vamos em frente juntos então! Você tem um problema? Temos paixão por ajudar as pessoas a resolvê-los – é assim que se faz o aprendizado e o crescimento.

Como disse um pensador (autoria questionada*, mas o que importa é a ideia subjacente, totalmente contemporânea), “Não é o melhor nem o mais forte que sobrevive, mas o que mais bem se adapta às mudanças”.

* muitos a conhecem como se fora de Charles Darwin, mas ao que parece – segundo os estudiosos de sua teoria e obra – ela nem exatamente condiz com seu pensamento; seria, ao que parece, de um professor da Louisiana State University na década de 60 (do Séc. XX), Leon C. Megginson.

Eduardo Gurgel e Felipe InovaCampinas 2018_LI

Eduardo Gurgel e Felipe R. Martínez